Multitasking fucks your brain
Este artigo apareceu recentemente no /. e achei-o interessante, talvez por afinidade é certo, mas vale a pena ler.
Aonde é que está aquela capacidade de fazer 10 coisas ao mesmo tempo sem perder energia e concentração em nenhuma delas? Ah sim, ficou nos vintes, juntamente com a força de fazer directas a trabalhar e fazer jantaradas com os amigos no fim dos projectos, quando ainda tinha inocência suficiente para pensar que ia mudar o mundo. Sozinho, claro.
Algures no tempo, num belo dia e sem pré-aviso, deu-se um click. A partir desse dia deixei de ter ressacas e deixei de ficar doente com uma gripe. Passei a ficar doente com um copo a mais num jantar e às portas da morte com a gripe. Eu juro que antes da semana passada não sabia o que era uma grande dor de cabeça ou o corpo a doer-me por todo o lado com febre, juro. É uma merda.
Isto da idade, embora ainda seja um jovem cheio de gana, faz-nos pensar mais. Faz-nos pensar sobre o que é andamos a fazer com a nossa vida e como o raio é que gastamos o nosso mais precioso recurso: o tempo. E esta busca constante pela maximização do tempo, característica das modernas e competitivas sociedades da informação, em que somos obcecados pela realização do máximo de tarefas e pela absorção do máximo de informação no menor espaço de tempo, pode bem ter o efeito perverso de nos estar a fornicar a cabeça toda e a matar-nos o que resta da capacidade de nos focarmos naquilo que realmente interessa, naquilo em que realmente somos bons e em que podemos de facto fazer a diferença.
“Our freedom to stay busy at all hours, at the task—and then the many tasks, and ultimately the multitask—of trying to be free. “